Como pode um toque tão leve ter um efeito tão rápido na dor?

Esta é uma pergunta que muitos pacientes me fazem no final de uma sessão de terapia sacro-craniana.

Mas afinal, quanto são 10g de pressão? Quanto são 5g? Quase impercetível. Não é reiki, não. É o toque que alcança a dura mater, a membrana delicada que se transforma em osso e que, por sua vez, recobre o cérebro.

As suas “irmãs” mais delicadas, logo abaixo, criam uma ligação íntima com a massa cinzenta e são diretamente influenciadas por ela.

Talvez seja precisamente esse toque característico – que procura mover, criar alteração e mutação, mesmo que não seja percecionado pelo paciente – que o torna um tipo de intervenção ímpar.

E porquê?

---

Um caso vivido

Recentemente, acompanhei uma paciente que vive com dor intensa no crânio, fruto de um evento lamentável. Muitas vezes encontro-a pálida, anémica, sem forças, nauseada – tal é o grau de dor.

Ela busca um caminho para a libertação desse sofrimento.
E, por vezes, ao final da sessão – onde pode parecer que nada ocorre, mas tanto acontece – as cores regressam ao rosto, surgem serenidade e paz.
A dor acalma-se, apazigua-se.
E, em alguns casos, a dor chega mesmo a partir. Isso já aconteceu, e é sempre uma alegria.

---

O cérebro e as suas redes delicadas

O paciente pergunta-se, e com razão:
Como é possível que um toque tão suave, tão impercetível, tenha efeitos tão palpáveis?

Não tenho uma resposta absoluta, mas acredito que a explicação se aproxima desta realidade:

O cérebro humano é uma estrutura viva, altamente delicada e inteligente. Habita num complexo que inclui fibras fasciais, entre as quais se encontra a dura mater. Estas fibras podem enredar-se, alterar a sua geometria e assumir posições desvantajosas, desarmoniosas, até patológicas.

Quando isso acontece, essa rede aperta vasos, comprime nervos, restringe a circulação de fluidos – criando engarrafamentos, acumulações, inflamação e toxicidade.

A manipulação gentil, persistente e continuada pode não ser, por si só, a receita para a regressão completa da dor. Mas oferece, muitas vezes, uma libertação satisfatória, palpável e substancial. Oferece alívio merecido.

E apenas este tipo de toque consegue desvelar – lenta e suavemente, com uma persuasão quase feminina – a trama doente da dura mater, seduzindo-a a abrir mão também da sua dor e da sua necessidade de proteção.

Qualquer outro tipo de toque não surtiria este efeito tão desejado.

---

Resultados observados

Verifico resultados consistentes na maioria dos síndromes de dor craniana. É uma via terapêutica valiosa, que pode ser resolutiva ou um coadjuvante precioso – uma companhia no caminho mais profundo de recuperação.

Dores de cabeça, cefaleias, enxaquecas e outros quadros semelhantes respondem bem.

---

Para terminar

Falarei mais, em próximos artigos, sobre este caminho e os métodos para recuperar e manter saúde, vida longa, felicidade e preenchimento.

Espero que este artigo tenha sido útil, interessante e, claro, agradável de ler.

👉 Deixa um comentário abaixo e conta-me: já tiveste experiência com a terapia sacro-craniana? Como foi para ti?

---

⚖️ Aviso Legal: este artigo não tem qualquer objetivo terapêutico e não substitui a intervenção de um médico ou profissional de saúde. O seu único objetivo é de caráter intelectual.

---